

A informação consta da publicaçãoCâncer na Criança e no Adolescente no Brasil: Dados dos Registros de Base Populacional e de Mortalidade, lançada ontem pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Câncer.
Câncer infanto-juvenil no Brasil
A publicação inédita mostra a situação do câncer infanto-juvenil no Brasil, com informações sobre incidência e mortalidade, além de outros dados gerais sobre o assunto, incluindo estudos desenvolvidos no Brasil e no mundo.
A análise do perfil da incidência foi realizada a partir das informações coletadas em 20 centros de tratamento e triagem, os chamados Registros de Câncer de Base Populacional (RCPB) do país, 17 deles localizados em capitais.
O estudo permite contextualizar as principais características do câncer na criança e no adolescente, bem como conhecer os tumores mais incidentes e também os de maior mortalidade na população infanto-juvenil.
Diagnóstico precoce
O INCA coordena um esforço nacional de combate ao câncer infantil e juvenil que reúne várias instituições do Brasil que atuam nessa área. O trabalho tem como eixos fundamentais o diagnóstico precoce, a melhoria da qualidade da assistência e a integração das parcerias para o controle da doença.
Vencendo o câncer infantil
A melhor notícia trazida pela publicação é que a perspectiva da criança com câncer mudou de eixo - passando de 85% de mortalidade para 85% de chances de cura. Portanto, de acordo com a publicação, o tratamento da criança com câncer é um dos maiores exemplos de sucesso da medicina dos últimos 30 anos.
A mudança de perfil, observada pela análise da incidência e mortalidade, sugere uma relação direta com os avanços terapêuticos e com os métodos de diagnóstico precoce, principalmente os registrados durante a década de 70.
As informações da publicação apontam para uma queda da mortalidade pela doença, em todo o mundo, nos últimos 30 anos, principalmente em relação às leucemias, que se apresentam como os cânceres mais incidentes na faixa etária dos 0 aos 18 anos.
Principal causa de morte
É possível observar pelos estudos internacionais, disponíveis na publicação, que as taxas de incidência apresentaram discreto aumento nas últimas décadas. Nos Estados Unidos, de 1975 a 1999, a variação percentual anual foi de 0,4 a 1%. Porém, para o período mais recente, 1987 a 1999, a taxa tem permanecido estável, variando de -0,2% a 1,1%.
A publicação mostra que a política de combate ao câncer infanto-juvenil no país está no caminho certo. O perfil da incidência do câncer em crianças e adolescentes no Brasil é semelhante ao observado nos países em desenvolvimento. O câncer destaca-se ainda como a mais importante causa de óbito dentro da faixa etária de 1 a 18 anos. Este cenário pode ser atribuído às atuais políticas de prevenção de outras doenças infantis.
Assim, no Brasil, excluindo-se as causas externas, o câncer é a principal causa de morte, por doença, na faixa etária de 5 a 18 anos. Em menores de 5 anos, o câncer é uma das dez principais causas de morte.
ps:publicado em 28/11/2008
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O Hospital das Clínicas inaugurou nesta sexta-feira, 17 de março, às 14h, seu novo Centro de Tratamento em Onco-Hematologia Infantil. Localizado no Hospital Borges da Costa, o Centro é composto por seis consultórios, uma sala para quimioterapia e uma Brinquedoteca. Com os R$ 250 mil recolhidos através do Programa Criança e Vida, da Fundação Banco do Brasil, foi possível a compra de aparelhagem de dopplerfluxuometria, eletrocardiograma neonatal e pediátrico, respiradores, capela de fluxo laminar, carrinho de emergência, consultório odontológico completo, oxímetros e mobiliários.
Mensalmente, o Centro atende cerca de 500 crianças e adolescentes, com idade até 16 anos, de Belo Horizonte e do interior de Minas Gerais. Os pacientes recebem tratamento a doenças hematológicas como leucemia, neuroblastoma e linfoma.
Criança e vida
O Criança e Vida busca reduzir, no Brasil, a mortalidade infantil em decorrência do câncer. O projeto é desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde e os recursos financeiros investidos no Programa provêm de percentual sobre a comercialização de seguros da linha Ouro, do Banco do Brasil.
A premissa da iniciativa é o atendimento integral aos pequenos pacientes, com atuação em dois focos distintos: o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença, fatores que podem elevar as chances de cura para patamares superiores a 70%, na maioria dos casos.
Em busca da identificação do câncer em sua fase inicial, o Programa investe na capacitação de profissionais de saúde e está implementando oito centros de referência no diagnóstico laboratorial, em diferentes estados brasileiros. Cada um desses centros contará com equipamentos importados, de alta tecnologia, nas áreas de patologia, citogenética, imunofenotipagem e biologia molecular.
Para possibilitar um tratamento uniforme da doença nas diversas regiões brasileiras, o Criança e Vida promove a melhoria e o reaparelhamento da estrutura de atendimento de hospitais que já atuam na área. Também está sendo realizado um estudo sobre as casas de apoio que prestam suporte social aos pacientes e seus familiares.
(Com Assessoria de Comunicação do HC/UFMG)